Fernando Pessoa, São João da Cruz, Federico García Lorca, Leopoldo María Panero, Omar Jayyame e Matsuo Basho são os seis poetas aqui escolhidos, mas poderiam ter sido outros. Igualmente poderiam ter ficado abaixo da lua mas beira de um rio e até mesmo enterrados junto ao meu coração. Nada disto importa. O que quero dizer é que por detrás destes poetas compreendi que a solidão da lua não era a minha solidão, mas sim que era a solidão de todos os homens; e que a poesia, justamente por ser o mais profundo de cada um de nós, é algo que não nos pertence. Não sei o que é ser poeta. Se sou poeta, nao sou por decisão própria. Simplesmente vou de metáphora em metáfora sem nunca me encontrar. O único que sim sei é que por vezes uma luz terrível e maravilhosa nos ilumina.